Adolfo Gutkin traduz, teatralmente, a compaixão pelo que é
mais profundamente humano, com todas as suas fragilidades. Sua política é a
identificação das opressões, das injustiças. Ele se ofende com elas. Mas não aponta para a guerra, e sim, para a
solidariedade. Neste sentido, a política de Gutkin se resume em um grande amor pelo que é
humano. E pelo sentimento de fraternidade pelo ‘‘Outro’’. O ‘‘Outro’’ pode assumir várias faces, segundo a
política de Gutkin:
pode ser um negro, um cigano, um imigrante, uma mulher, um estrangeiro, e todos
aqueles que são discriminados e ofendidos socialmente. No território do Multiculturalismo, quando
falamos em “Outro” pode se entender uma outra cultura. Mas o “Outro” pode ser
compreendido, também, como uma outra ideologia política, um outro país, um outro
time de futebol, uma outra religião, um outro colega professor ou, ainda este “Outro”, silencioso e crítico, com o
qual dialogamos constantemente dentro de nós. A trajetória de Gutkin caracteriza-se por este constante diálogo
com o que é ‘‘Outro’’. E como ama o teatro, ele até compreende a sentença de morte que Gordon
Craig e Eleonora Duse emitiram para o ator, como uma metáfora: o ator egoico
deve realmente desaparecer. Concorda com ela, mas Gutkin prefere implorar pela vida:Que vivam os
atores! Que salvem o teatro!
Giostri | |
Autor | Almir Ribeiro |
ISBN | 9788551603710 |
Páginas | 192 |
Formato | 17cm x 24cm |
Peso | 0.350g |
NCM | 49019900 |
Categoria | Biografia |
Adolfo Gutkin - a utopia multicultural e rebelde - Almir Ribeiro
- Modelo: livro
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